domingo, 25 de janeiro de 2009

Oportunidades

Belém, domingo, 26 de janeiro de 2009. Uma conversa entre a diretora de um documentário para a Carta Maior e um vendedor da revistaria/livraria News Time na Estação da Docas:

Diretora: Você um Guia de Belém para vender?
Vendedor: Acabou!
Diretora: Nossa! E você já deve ter dado essa resposta para umas 500 pessoas, não?
Vendedor: Já dei essa resposta para mais de mil pessoas!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Mundo redondo

Quem acompanhava o boom do rock paraense anos atrás deve ter ouvido falar de um quase boicote à banda Madame Saatan por parte das Organizações Romulo Maiorana. O motivo era simples: a família tradicional católica não gostava do nome da banda, que lembrava o coisaruim, o capiroto, como diria o meu amigo Tylon. Nada como um "choque de capitalismo", para usar uma expressão zumbi do meu quase amigo Vladimir Cunha, para enterrar crendices e superstições diante da crise financeira. A larga divulgação do show do Madame nos veículos da ORM nada tem a ver com religão, a não ser a religião do Capital. Uma das bandas mais hypadas da cena independente no ano passado, Madame Saatan colhe os frutos do seu investimento e deve lotar o Afrikan Bar com sua legião de adolescentes diabos, que se torna cada vez maior diante da falta de opções culturais e artísticas que falem a sua língua na cidade. A proliferação de micaretas, botequins de pagodes e quejandos começa a chegar no seu limite. Finalmente a massa de exluídos musicais começa a tornar o negócio do rock economicamente viável na cidade? Certamente é cedo demais para tal afirmação. Mas que pelo menos torne a noite de Belém mais eclética e menos monocultural. Que venha 2009. Ah, já chegou né?! Feliz ano novo, então!