quarta-feira, 23 de junho de 2010

O grande encontro pop paraense

Fleka (vocalista da Tio Nelson) e Susanne (Suzana Flag) se encontram no Templários a partir desta quarta feira


As bandas Suzana Flag e Tio Nelson fazem a partir desta quarta-feira, 23, a abertura de uma temporada de shows no Bar Templários. Os shows começam por volta das 21h e a festa ainda contará com a discotecagem do DJ Nicobates, guitarrista da banda Norman Bates, que toca samba rock, hard rock, nova MPB e música pop.

As duas bandas iniciam um trabalho de aproximação visando tanto o mercado local quanto o mercado nacional. A Suzana Flag que trabalha desde 2004 com canções totalmente autorais tem, recentemente, feito shows pela noite com releituras de clássicos bregas e pop, além de muita MPB revestida de uma linguagem eletronica. O Tio Nelson por sua vez faz fama na noite de Belém como uma das melhores bandas covers da cidade.

O que só os fãs sabem é que a Tio Nelson tem um grande trabalho autoral, baseado em canções pop de autoria do vocalista Flexa e de seus integrantes. A intenção da banda é apresentar com cada vez mais força esse trabalho, que vem sendo distribuído nos shows em EP em formato de CD promocional. Músicas como “Agite antes de usar” e “Plágio” são hits nas bocas dos fãs, que já somam mais de 1.700 seguidores no twitter.

“A idéia surgiu dos produtores das duas bandas, mas foi uma aproximação muito natural por causa da nossa musicalidade. Vamos certamente cantar e tocar coisas juntos nessa temporada, como já fizemos em uma breve participação no show deles, e foi ótimo. Flexa é um grande vocalista e performer”, diz Joel Melo, guitarrista do Suzana Flag.

A banda Suzana Flag por sua vez aguarda o lançamento do disco “Souvenir”, cuja produção já dura mais de três anos e que não saiu por problemas burocráticos entre a Secretaria de Estado de Cultura, patrocinadora do disco através de edital, e a Gráfica Delta, vencedora da concorrência e responsável pela impressão das capas do disco.

Com mais de oito anos de carreira, a banda Suzana Flag tem milhares de fãs pelo Brasil desde a época do Fanzine, primeiro disco artesanal da banda. E está angariando novos fãs com o single virtual “Um dia de cada vez”, que já toca nas rádios e está disponível para download no site da banda www.suzanaflag.com.br.

Apesar de tocarem covers pelo menos metade do repertorio das duas bandas nessa temporada será autoral. “A Susanne tem uma voz suave e linda e pelo que a gente já cantou junto, acho que vai ser superlegal esse lance que a gente ta armando”, diz Flexa, vocalista do Tio Nelson.

Serviço:
Show com as bandas Tio Nelson e Suzana Flag. Hoje, quarta-feira, no Templários. A partir das 21h. Ingressos: R$ 10. O Templários fica na 28 de setembro próximo à doca. Informações: 8411 1014 / 8116 2607

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ser feliz mais um pouco...

Susanne May em Foto de Ana Flor

Sussane May é um doce de pessoa. Às vezes é estourada, como qualquer pessoa normal. Mas quando se sente bem pra soltar a voz à frente da banda Suzana Flag, ela encanta a todos. Certamente tem quem não goste, como ela costuma dizer, mas deve ser alguém de mal com a vida, que não sabe apreciar seu timbre incomparável e sua doçura suave. Susanne não é o tipo de cantora que berra, que eleva a nota até não agüentar mais. Ao contrário, é tímida e impõe seu estilo assim, sem grito, sem muito alvoroço.

Susanne é tímida, sim. Não adianta negar, mas é o que é, com poucas palavras e muita emoção. O suficiente para encantar muitos fãs. Apesar da minha aproximação com a banda, negociar essa entrevista não foi fácil. Fiz uma coisa que não costumo fazer, mandei as perguntas por email e aguardei as respostas. Não satisfeito com todas as respostas, reenviei novas perguntas e obtive outras respostas, algumas bem humoradas, outras nem tanto.

Assim é Susanne May, vocalista da banda Suzana Flag. A banda que lançou seu primeiro disco autoral em 2002 depois de passar noves meses trancada num quarto de quintal lá no distante município de Castanhal, fazendo ping pong com dois aparelhos de MD, gravando camada sobre camada um disco que revolucionou o cenário pop paraense. E que certamente vai provocar o mesmo rebuliço quando "Souvenir" finalmente chegar as lojas. Aliás, Susanne completa anos amanhã e comemora em festa com os meninos do Tio Nelson no Bar Templários. Compareça! E acesse www.suzanaflag.com.br, e siga-os no Twitter: @bandasuzanaflag. Quando algo grande estiver acontecendo você não vai querer ser o último a saber, não é mesmo?!

Nicolau: Como foi que surgiu o Suzana Flag?
Sussane: A banda surgiu em 2001 quando três amigos juntaram a vontade de ter suas músicas registradas e decidiram fazer seu próprio disco. Em 2002 surgiu o Fanzine que todo mundo já conhece a história.

O que esse disco significa pra vocês?
Ele nos traz lembranças boas de quando se fazia música com gosto, de como quando tudo que é bom começa.

Como foi a produção do Souvenir?
Uma parte foi no Estúdio da Cultura FM e outra no Apce Music.

Eu queria detalhes. Foi bom, foi ruim? Quem esteve envolvido?
Isso você sabe melhor do que eu. Pode falar você mesmo que foi um dos produtores do disco.

Quais os planos de vocês para o futuro?
Os meus planos são fazer bastante shows pelo interior do Estado e depois sair mundo afora, aonde esse disco nos levar.

Susanne em mais uma fotografia de Ana Flor

Vocês estão lançando esse disco há muito tempo, por que ele demorou tanto pra sair?
Por conta de muitos imprevistos tivemos mudanças de planos e com isso o tempo foi ficando pra trás.

No meio da produção desse disco, vocês tiveram uma perda importante, que foi a saída do baixista e compositor Elder Fernandes. Como foi isso pra vocês? Foi um baque?
Foi uma perda, sim, mas nada é para sempre e depois estamos todos seguindo o caminho que escolhemos. Esse disco ajudou a exorcizar nossos fantasmas, ele tem seu lado sombrio mas também aponta um luz no fim do túnel. Espero que não seja um trem...rsrsrs.

"Santa Fé", canção do novo disco, é um recado para o Elder? O que vocês diriam para ele agora?
Cada canção tem uma história, tem um pouco de nós e dos nossos amigos. Mas não tem nada para agredir ninguém não. Nada a ver. Vamos tocar essas bandas pra frente.

Vocês rodaram festivais pelo Brasil com o Fanzine e tiveram grande notoriedade. Acham que vão recuperar isso como o Souvenir?
Não sei responder a essa pergunta. Se recebermos convites nos vamos lá. O Fanzine tinha outra formação e o Souvenir tem novos caminhos pra seguir.

Quais as estratégias de vocês para chegarem a isso?
Nossa estratégia é melhorar cada vez mais, buscando bons contatos e com um bom material pra divulgação. Afinal ralamos muito para deixar esse disco do jeito que conseguimos, e acredito que ele é um bom disco. Esperamos que as pessoas reconheçam o nosso esforço.

Como vocês vêem o rock paraense hoje?
É disperso.

O que vocês diriam ao público de vocês nesse momento?Não perca mais um episódio da saga do Suzana Flag, sempre tem ótimas histórias, dramas, comédias, de todo o tipo.

Vocês guardam alguma mágoa de alguém?
Pra quê???!!!!!!!!!! Só se for pra devolver.

Quando podemos esperar o lançamento deste disco? Assim que ele ficar pronto.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nova Lei do Direito Autoral

Pela importância do assunto, reproduzo a matéria de ontem da Folha de São Paulo sobre a nova lei de direitos autorais, postada no Fórum Nacional de Música por Andre Alves Wlodarczyk, coordenação do Fórum Permanente de Música do Paraná. Eu espero que a Folha não me processe por isso. O original você lê aqui.

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Copiar CD deixa de ser crime de acordo com nova lei de direito autoral

O Ministério da Cultura (MinC) trouxe a público, na manhã de hoje, suas idéias para o que pode vir a ser a nova lei do direito autoral brasileiro. Numa entrevista coletiva concedida em Brasília, o ministro Juca Ferreira explicou as bases do texto que deve ser liberado hoje para consulta pública. Antes, ele conversou com a Folha, por telefone.
A iniciativa do governo brasileiro inclui-se num movimento mundial de revisão de leis que, simplesmente, não cabem no mundo que, na virada do século 21, tinha se tornado digital.
O texto em vigor hoje no Brasil foi aprovado em 1998, como atualização de uma lei criada em 1973. O texto atual trata como ilegais atitudes corriqueiras, como a cópia de um CD para um pen drive.
Saiba, a seguir, quais são os planos do governo brasileiro.

Folha - O MinC coloca o texto em consulta às vésperas das eleições. Pelas minhas contas, se serão 45 dias de consulta, a nova lei acabará sendo apresentada em pleno processo eleitoral...
Juca Ferreira - No seu cálculo, só consta uma parcela do processo. Depois desses 45 dias, uma equipe do ministério do vai se debruçar sobre todas as contribuições recebidas para preparar um novo texto que assimile as propostas. Ou seja, o novo texto lei só ficará pronto depois do processo eleitoral.

No ano que vem?
Não, no final deste ano.

O governo francês, no ano passado, apresentou uma lei que tendia a enquadrar os usuários da internet. Que caminho seguirá o Brasil? A legislação tende a ser mais aberta ou mais restritiva?
Queremos um sistema mais aberto. Em primeiro lugar, porque mesmo que não houvesse o mundo digital, a internet, a nossa lei seria muito ruim. Ela não é capaz de garantir o direito do criador porque o sistema de arrecadação de direitos é obscuro, sem nenhuma transparência. Além disso, a lei tem aspectos caricaturais. A cópia individual, por exemplo, não é permitida. Quem compra um cd não pode, pela lei, copiá-lo para o próprio ipod. Uma editora que não queria reeditar um livro, algo normal, torna o livro indisponível porque nem alunos nem professores podem fazer cópia. Isso contraria a tendência do mundo inteiro.

Há quem defenda que a lei brasileira é boa.
A lei brasileira é um modelo de como não deve ser. O mundo inteiro está se adaptando à realidade digital.

Mas nem sempre liberalizando...
Sim, mas todas as tentativas de se enquadrar o mundo digital em padrões analógicos se mostraram um fracasso. Nos Estados Unidos, chegaram a processar crianças de nove anos que estavam fazendo cópias para os amigos. O governo brasileiro quer criar um sistema que estimule o pagamento do autor na internet. O que a gente quer é legalizar. A modernização legal, além de ampliar e assegurar o direito do autor, quer harmonizar e garantir o direito do investidor. Tudo isso sem esquecer que o acesso é um direito da população.

Mas qual o limite entre o direito ao acesso e o direito do autor?
O autor deve ser sempre remunerado. Mas, na medida em que reconhecemos o direito da cópia individual, estamos garantindo o acesso da sociedade ao conhecimento. Hoje, um professor de um curso de cinema, não pode, legalmente, apresentar sequer cenas de um filme na sala de aula. Em cursos de medicina ou administração são muitos os livros esgotados que não podem ser reproduzidos. A nova lei quer criar uma brecha para esse tipo de cópia, mas prevendo o pagamento do direito autoral para a cópia reprográfica.

O novo texto prevê a criminalização do jabá --execução paga de música nas rádios e emissoras de TV. Qual a ligação do jabá com o direito autoral?
O jabá criou um sistema perverso que cerceia a diversidade cultural e restringe a economia da cultura. Quem paga para executar sua música no rádio cria a ditadura do gosto.
A partir da nova lei, quem fizer isso será processado. Se você legitima um sistema que define o que vai ser apresentado nas rádios e TVs, você está cerceando a liberdade, excluindo boa parte dos autores. O jabá se caracteriza como concorrência desleal.

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) e alguns artistas já estão se posicionando contra a reforma na lei. O MinC está preparado para o embate?
Estamos estudando essa reforma há oito anos. Envolvemos mais de 10 mil pessoas em reuniões setoriais e fizemos estudos comparativos com outros países. O sistema brasileiro de arrecadação quer manter o status quo. Mas esse sistema vive de processos jurídicos.
Temos, numa ponta, milhares de processos contra bares, hotéis, cinemas e, na outra ponta, os artistas desconfiados de que não estão recebendo pagamento. Se eu fosse um sistema de arrecadação que desperta tanta desconfiança da parte dos artistas, eu adoraria que houvesse um sistema de transparência para que as pessoas parassem de questionar o meu trabalho.
Como eles estão acomodados a um sistema autoritário, unilateral, tenho certeza de que haverá reação negativa.
Mas isso é demanda histórica dos autores e intelectuais. O Brasil não se livrará da herança da ditadura enquanto não se livrar desse entulho.

Conexão Vivo em Belém

Não pude ir a todos os dias, nem esperar todos os shows do Conexão Vivo em Belém. Uma série de trabalhos por entregar, a cobertura do Festival Internacional de Música de Belém, final de semana com a pequena Cecília (minha herdeira), entre outras cositas, impediram-me de acompanhar melhor. Mas todas as coisas que presenciei foram muito boas. A Cria Cultura e a Se Rasgum estão de parabéns pela gestão e produção do evento, assim como o Governo do Pará pelo patrocínio da empreitada, através da Lei Semear, e a Vivo pela iniciativa. Foi tudo muito correto e de alto nível. Como não pude estar em todas, registro alguns dos momentos que presenciei e que considero importantes.

Imprensa e música
A mesa-redonda sobre o papel da imprensa no desenvolvimento da cadeia produtiva. Nesse quesito a gente, aqui no Pará, ainda patina. Como sempre, Beto Fares manifestou opiniões radicalmente discordantes sobre a existência de uma tal cena paraense. O fechamento de alguns movimentos, a xoxagem (gíria para “detonação”), como frisou Alex Antunes, e o preconceito contra movimentos populares como o tecnobrega ainda são grandes desafios para o desenvolvimento da cadeia produtiva da música no Pará. Mas a falta de uma imprensa especializada e interessada na cobertura dos fatos musicais da cidade ainda é um desafio grande. Em dado momento a conversa enveredou pela organização da cadeia. Kuru, da Cria Cultura, disse que ainda não vê organização suficiente no Estado para que esse movimento se consolide a curto ou médio prazo. No entanto, jornalistas de fora, como Fábio Gomes (Blog Som do Norte) e Lauro Lisboa (O Estado de São Paulo), disseram que mesmo sem organização a influência da música do Pará sobre outros artistas e movimentos a nível nacional é uma realidade notável. “Não resistam ao tecnobrega nem a nada do que for bom daqui”, deixou a lição Alex Antunes.

Políticas públicas
A mesa seguinte, reuniu o atual secretario de estado de cultura, Cincinato Marques, Kuru, da Cria Cultura e Fórum Permanente de Música de Minas Gerais, além de Vânia Nogueira (Lei Semear) e Márcio Macedo (MM Produções) para falar sobre políticas públicas. Acostumado a falar sobre excentricidades, a turma dos "independentes" pode conferir a “real” da discussão sobre a sustentabilidade da música no Estado. Os exemplos de Kuru a respeito da organização do Fórum de Minas impressionaram aos presentes. Enquanto, a maioria aqui fica apática, os músicos e artistas mineiros foram para as ruas fazer um panelaço para que os convênios que garantem várias ações por lá fossem realizados. Cincinato foi claro e fluente sobre as problemáticas da cultura no estado, que como ele mesmo frisou, não pode ser comparado a Minas pelas diferenças históricas em sua formação econômica e social. O recado foi dado, o desempenho de qualquer setor cultural depende em primeiro lugar de sua própria organização.


Floresta Sonora
O terceiro momento especial que eu presenciei no Conexão Vivo foi durante os shows. A performance do Circuito Floresta Sonora no palco, ao final da primeira noite no píer das Onze Janelas, foi impecável. Se algum grupo carecia de reunir as qualidades artísticas que qualquer espetáculo musical precisa para ser bem sucedido comercialmente, essa carência foi suprida pelo Floresta Sonora, pelo menos naquele momento. Reunindo as características “regionais” que engrossam a goma de qualquer empreitada musical no Pará. Tudo foi bem armado, desde o início com a “banda base” formada por Calibre, Léo Chermont, Carlinhos Vas e o batera (que não lembro o nome agora) à incorporação progressiva de integrantes, engrossando o som, até a entranda triunfal de Juca Culatra. Culatra contraria seu apelido quando o assunto é performance. Neguinho domina o palco como poucos e tem pelo menos uma música muito, muito boa, que é aquela dos dinossauros: traduz a essência contestatória do reggae em música pop, pronta pra tocar no rádio. Foi um momento mágico, emocionante, que contou ainda com a poesia suja e bela de Alex Antunes. Destaque também para a performance de Calibre, o verdadeiro maestro regente em palco até a entrada de Culatra.

Branca e Preta
Por fim, o segundo momento musical mágico que presenciei foi o show belíssimo de Nina Becker. Lenta e sofistica, a primeira metade do show, com ótimos músicos que a acompanham, contou com uma versão arrasadora de May This Be Love, de Jimi Hendrix. Pouca gente reconheceu (ou conhecia) a música, mas eu fiquei maravilhado. Quando pensei que o som ia continuar na bubuia, com a música bela mas lenta da carioca, Nina chama ao palco Gabi Amarantos, deliciosa e indefectível em seu vestido de tigresa, para atacar de “Vida”, lambada que fez sucesso nos anos 80 com a banda Obina Shock. Na sequencia, a branca e a preta cantaram juntas, e reverenciando uma à outra, “Pimenta com sal”, tornado hit paraense por Lucinha Bastos. Podia ter acabado aí que já valia o ingresso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Belém transpira


A Equatorial Lounge, transpira. Entre tantas outras coisas, música. Não precisa muito para confirmar essa afirmação, basta ver a programação cultural desta semana, que você pode acompanhar em outros blogs e sites muito mais atualizados do que o meu (Veia Pop, Rock Pará e Ecleteca são alguns deles).

Na segunda-feira passada, por voltas das 21h, um público de pelo menos 600 pessoas ocupava o auditório do Hangar Centro de Convenções da Amazônia esperando para ver a performance da Amazônia Jazz Band no 23º Festival Internacional de Música do Pará.

O músico Anderson Barros, 31, integrante da banda municipal de São João de Pirabas, é uma das pessoas na plateia ansiosas pelo espetáculo. Ele rodou 250 quilômetros em um microonibus junto com mais 17 músicos não para se apresentar, mas para ver as atrações do festival, principalmente a Amazônia Jazz Band. Chegaram por volta das 15h em Belém e foram para as apresentações no conservatório Carlos Gomes.

A noite, foram ao Hangar para uma experiência que certamente enriqueceu sua atuação como músico. “Nosso regente, sempre fala muito da Amazônia Jazz Band e queria muito que nós víssemos e ouvíssemos a banda tocando ao vivo”, disse o tecladista, que ao final da apresentação não se decepcionou: “Valeu, demais!”.

No dia seguinte, depois de acompanhar o Duo Siqueira Lima, com um publico consideravelmente menor que a Amazônia Jazz Band, descemos eu e o baterista do Suzana Flag (esta com site novo no ar), Ricardo Ramones. Demos de cara com outro evento, que também acontecia no Hangar. Animando a festa estava a cantora e tecladista Iva Rothe, o guitarrista Pio Lobato, o baterista Vovô e mais um baixista que não conheço, acompanhando Mestre Vieira à guitarra.

No meio do salão, enquanto filávamos salgadinhos e champanhe da festa alheia, alguém me reconheceu. Era Eduardo de Deus, baterista da banda Caldo de Piaba, do Acre, que chegara um dia antes a cidade para se apresentar no Conexão Vivo. De Deus não pensou duas vezes quando ligou para Pio Lobato e este disse que ia tocar com Vieira naquela noite, e foi acompanhar os músicos. “A gig deles é ótima”, disse-me ele.

De São João de Pirabas, do Acre ou de Porto Alegre, de onde vem o jornalista Fabio Gomes, editor do Som do Norte, para ministrar uma palestra no Conexão Vivo, as mais variadas pessoas vêem conferir em Belém a música que aqui é feita, in loco. Esse são apenas alguns exemplos que reafirmam o que venho dizendo desde o primeiro post deste blog e que foi reafirmado na semana retrasada, quando participei do Seminário Itinerante de Economia da Cultura, promovido pela Associação Brasileira de Gestão Cultural, de que o Pará e a Amazônia, de modo geral, tem um potencial econômico enorme em sua cultura, talvez só comparado ao seu potencial mineral e natural.

Trabalhando nessas duas frentes, seu potencial de crescimento é incomensurável, como a sua própria grandeza.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Joelma Joplin

Minha querida cantora Joelma Klaudia, que faz a propaganda das camisetas do Suzana Flag na foto de Ana Flor, toca hoje no Old School Rock Bar, a partir das 23 horas. No projeto Janis e Raul ela toca classicos de Janis Joplin e Sergio Leite interpreta sucessos de Raul Seixas. O couvert custa R$ 5 e o OSRB fica, você sabe, fica lá na Av. Wandenkolki.