domingo, 16 de agosto de 2009

Porongas

O som de Los Porongas demonstra uma tendência natural de retomada do rock: letras fortes, reflexivas. A tal "mensagem" que fez da Legião Urbana uma das maiores bandas brasileiras de todos os tempos. A junção de música pop/rock e poesia nem sempre dá os melhores resultados. Mas Diogo mostra sua verve poética de forma muito integrada à musicalidade da banda, que tem na experiência e segurança de Jorge Anzol (bateria) e Márcio Magrão (Baixo) o seu forte. A mensagem não é sempre sutil, ao contrário, muitas vezes é perturbadora. Por isso, talvez, apesar da grande qualidade da banda, algumas pessoas não se sentiram a vontade para se entregar completamente à catarse que o show da banda no último sábado provocou. Ótimo. Bons shows não precisam ter sempre a mesma fórmula. Parabéns aos Porongas por um dos melhores do ano em Belém e a Bahrbara, Camilla, Beto e Luis Sick por terem nos proporcionado a oportunidade de participar de uma festa tão bacana.

sábado, 15 de agosto de 2009

Comunicação na Unama

A Semana de Comunicação da Unama, que vai do dia 24 a 28 deste mês, vai me ter como oficineiro de Jornalismo Cultural. Faça sua inscrição, mesmo que você não seja aluno da Unama e mesmo você não for aluno de jornalismo de nenhuma faculdade de comunicação. A coordenação do curso de jornalismo da Unama tem em mente promover excelência para se manter no mercado, mesmo depois do STF.

Música e letra para crescer



Legenda: Norman Bates no Se Rasgum 2007, quando o cronista disse que não bastava botar óculos escuros e subir no palco fazendo pose (ou algo parecido). Registro de Renato Reis.


Ontem depois da jam no Casarão com os meninos do Sincera, uma das bandas classificadas na seletiva do Festival Dançum Se Rasgum, o vocalista Daniel me falou sobre uma “resenha” das seletivas publicada por um colunista velho conhecido do Diário do Pará. Foi a segunda vez que me falaram desse texto essa semana. Eu não li. Faz tempo que não leio tal coluna. Li algumas vezes, quando falava de música, e discordei. É grosseiro, pobre, cheio de clichês e viciado. Quando o autor começa a falar do seu dia-a-dia, de suas descobertas (que só interessam a ele mesmo), então, é melhor parar e não avançar sobre essas linhas muito mal traçadas.
Mas sempre tem algum impacto sobre a opinião pública a informação e a opinião deturpadas, viciadas. Um cidadão que foi vocalista(?) de uma banda que quase ninguém conhece e escreve um livro para se incluir na história tem no mínimo segundas intenções duvidosas. Pessoas assim já davam aula em cursos de jornalismo fuleiros pouco antes do diploma não valer nada. Por isso, nós, jornalistas, deveríamos ter mais cuidado e separar joio do trigo. Não tivemos esse cuidado antes. Agora pagamos o preço.
Mas, voltando à música. O cronista indigitado foi o mesmo que escreveu ao final da segunda edição do Se Rasgum um artigo em que atacava o Norman Bates, sem citar o nome da banda e sem análise técnica alguma, fazendo referência implícita; insinuava maliciosamente o Suzana Flag e detonava com esse tal rock paraense, que cronistas como ele se acostumaram a referir-se como um ser assombrado e assombroso.
Segundo aquele texto, a produção musical de Belém estava sendo “alfabetizada” pelos produtores da Se Rasgum quando eles traziam à cidade grupos como Nashville Pusy, banda gringa que arrebentou naquela edição com uma série de clichês do rock que os americanos inventaram, e depois da qual o Norman Bates subiu ao palco menor, sem ter visto o show da banda americana, para fazer apenas o que sempre soube fazer, e continua a fazer um pouco melhor a cada ano.
Na minha opinião sincera (dane-se o trocadilho), esse rapaz não precisava ser tão grosseiro com tantos jovens artistas ¬-- que representam, com todos os seus defeitos, uma vanguarda em Belém -- para puxar o saco de ninguém e manter privilégios mesquinhos aos quais os jornalistas como ele estão acostumados.
Pois bem, não li e nem vou perder meu tempo lendo a última resenha. Pelo que outras fontes me informaram, Daniel “decorou” todos os clichês possíveis do novo rock. O recado dele para o cronista me vale como resposta simples que ele merece: faça você melhor. O cara que tratou o ser assombrado como um aleijado que não sabe andar bonito porque tem deficiência congênita agora critica os clichês adquiridos na melhor escolha do rock pelo vocalista do Sincera. (?!) Parece estar confuso. Parece que não evoluiu sua crítica com coerência. Ou esqueceu de ser honesto e dizer ao leitor que ele prefere ficar em casa ouvindo os discos do REM com seu amigos. Já pensou escrever toda semana um artigo sobre como eu ouço e ouvia discos com meus amigos? Putz. Quem perde seu tempo!?
Pelo que disse a terceiros e não escreveu, esse cronista de araque tem ainda outras intenções escusas que não devem ser pactuadas com quem tem interesse no fortalecimento do cenário musical paraense, como alegam os produtores do Se Rasgum.
Vão dizer que meus comentários são invejosos, que sou encrenqueiro etc. Mas, convenhamos, isso é muito mais mesquinho e insensato que qualquer jogo de vaidades simplesmente.
Ninguém precisa ser bajulado, adorado como deuses, seja na seara artística ou de produção, para dar sua contribuição. Nossa cena tem várias limitações que se justificam em vários contextos. Se alguém tem boas intenções seja na evolução artística ou profissional dos paraenses, não deveria agir dessa forma. Não é o caso do indigitado. Belém é maior do que isso e está crescendo ainda mais. Deixemos essas mesquinharias para trás, para crescer.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Prova do crime


Registro de Ana Flor no último retorno do Norman Bates no dia 7 de agosto. Abaixo, um fragmento de letra de nova música da banda feita por Giovani e por mim, entre nossos encontros para mais esse retorno.Título provisório

Do nada (Nostalgia da Modernidade)


(...)

Eu navego sozinho nas redes da aldeia
Nada de novo na televisão
Nada de novo nas salas de aula
No vazio do meu quarto, no meu coração
Eu desligo meus sonhos no olho de vidro
Quando saio de casa
Eu vejo quase nada
Nada de novo no front
Nada de novo no front

Nada é impossível
Nada ficou pra trás
Nada é tão distante
Nada é demais

Nada de novo, não mais
Nada de novo, não mais
Nada demais

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fragmentos de modernidade...

No blog do amigo e professor Relivaldo.

Nova temporada



"Te comporta, menina!", a festa mais badalada de julho em Belem, volta em nova temporado durante os meses de agosto e setembro. As bandas Suzana Flag e La Pupuña recebem novos convidados a cada quinta-feira no Bar Palafita. A estréia é nesta quinta 13, com show das duas bandas.

Divulgando seu mais recente disco, "All Right, Penoso", a banda La Pupuña incrementa seu repertório de lambadas, merengues e guitarradas com covers do rock brasileiro e intgernacional. "Nessa miscelânia 'Brand New Caddilac', do The Clash, e 'Nós vamos invadir sua praia', do Ultraje a Rigor, ganham contornos dançantes em ritmo paraense", explica o guitarrista Félix.

Por sua vez, a banda Suzana Flag alterna shows que vem apresentando em festivais e bares a cada noite do "Te comporta, menina!", como explica o guitarrista Joel Flag. "Se a gente tem uma banda convidada mais alternativa mais independente, a gente pode fazer um repertório mais autoral, dando enfase nos hits. Se tivermos uma banda mais da noite a gente mescla o Eletrosfera Bar, que é o projeto de covers e releituras. Varia muito. Cada apresentação é uma surpresa diferente."

A partir do dia 20 de agosto, as duas bandas começam a receber convidados. Entre eles, estão as bandas Briz Saboa, Cuba Livre e Tomarock, que participaram da temporada de julho; e novos artistas convidados, como a cantora Adriana Cavalcante e as bandas Clepsidra, Nêgo Junckie e B3, que estréiam na festa.

Outra novidade é que as festas contam agora com a participação do DJ Nicobates, guitarrista da banda Norman Bates, que também participa do Suzana Flag e é um dos produtores da Festa. "Mais novidades: a festa começa mais cedo, às 20h, por continuar na quinta-feira, quando muita gente tem que trabalhar no dia seguinte", explica o DJ/guitarrista/produtor.

A festa também traz surpresas como o sorteio de camisetas e discos oferecidos pela loja Ná Figueredo, além de promoções de bebidas. A meninas comportadas, com o flyer pagam metade do ingresso que custa R$ 10.

Serviço:
Te comporta, menina! Segunda temporada.
Com Suzana Flag, La Pupuña e convidados.
Bar Palafita (R. Siqueira Mendes, ao lado do Pier das 11 Janelas)
A partir das 20h.
Ingressos: R$ 10 (com meia para meninas).
Informações: 9614 1005.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

CCAA Fest




As bandas classficadas na final do CCAA Fest:

All still burns
Ataque Fantasma
Gestalt's
Horizonte Neutro
Industria Vital
Lapidação Poética
Letrac
Lirium
Mytus
Plug Ventura
Sk8
Tio Nelson
The Baudelaires
Ultraleve
Vileta