sexta-feira, 29 de maio de 2009

Opinião

Ná Figueredo, Pablo Capilé, Carlos Henrique (Secult) e o poster no seminário de criação do Forum Paraense de Música Independente.
Foto: Ana Flor



Pablo Capilé, coordenador do festival Calango (MT) e diretor político da Abrafin, diz que falei “besteira” no post sobre os festivais independentes. Segundo Capilé, o Abril Pro Rock deixou de ser um dos cinco maiores festivais indies do Brasil há pelo menos três anos. Ainda segundo a opinião de Capilé, a lista da revista Bravo, formulada pelo jornalista José Flávio Júnior, não tem nada de lobby, pois que se trata de um profissional sério que não aceita interferência no seu trabalho.
Eu respeito a opinião de Capilé e me desculpo com JFJ. Disse a Capilé que arrisquei por não ter lido a matéria e a ter comentado.
Quando falei em "lobby" não dizia que o jornalista tenha ou aceitado alguma espécie de “jabá” para falar bem ou excluir festivais de sua lista. A verdade é que a opinião de quem tem credibilidade acaba se tornando uma espécie de lobby a favor de si mesmo. Um "lobby" do próprio jornalista que tem interesse no destaque de uma determinada linha de atuação dos festivais, como seria o caso da "diversidade" de JFJ.
A opinião traz em si um viés que é preciso deixar bem claro ao leitor para que ele tire suas próprias conclusões. Por isso tenho aversão a listas. As listas de melhores artistas de todos os tempos da Rolling Stone Brasil, por exemplo, me fazem rir hoje. São divertidas. Podem dar uma "noção" para um leigo, mas, para quem conhece, certamente não serão levadas tão a sério.
A indústria do entretenimento não vive sem a imprensa especializada, e todo o sistema é operado dentro de um circuito, uma engrenagem, que movimenta o negócio. É assim que funciona e não há, nisso, necessariamente um mal. Quando a indústria fonográfica vacilou, a revista Bizz também foi responsável por parte da derrocada do mercado brasileiro com práticas pouco éticas e hoje trazida a público em várias publicações. Mas a derrocada do sistema vigente contribuiu para que se pudesse construir algo novo e diferente. Isso pode ser "o bem".
Como em todo veículo de comunicação que joga as regras do sistema, há erros e acertos. De todos os lados. A dinâmica social, ou a dialética, opera milagres até para quem não sabe fazer política.

Um comentário:

Ettiene disse...

Olhaí.. eu não tava sabendo de nada disso.
Vou ter que linkar o blog
Valeu, Nicolau.

Abraços.