sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Paraenses fazem um Bafafá!

Rafael Lima
Natural de Belém do Pará, Rafael Lima explora os elementos rítmicos e melódicos do Norte do Brasil e os funde com o jazz, ritmos indígenas e outras influências. No fim da década de 70 fez parte do grupo musical “Sol do Meio-dia”. Convidado a inaugurar a sala de concertos “Miles Davis” no Festival de Jazz de Montreux na Suíça em 1994, Rafael já lançou cinco CDs na Suíça e Brasil, além de gravações realizadas no Canadá também. Em Zurique, na Suíça, numa fria noite de inverno, compôs a opereta “Reinavam com o Castiçal”; adaptação musical feita para um diálogo de 13 páginas do livro “Primeira Manhã”, do escritor Dalcidio Jurandir. Apresenta-se no Bafafá ao lado da filha Juçara Abe, jovem cantora e compositora que começa a mostrar seus trabalhos solos.

Retaliatory

Um dos mais importantes grupos de metal paraense, o Retaliatory iniciou suas atividades em 1990 tocando thrash death metal inspirado em bandas como Sepultura, Sarcófago, Slayer e Kreator. O primeiro registro foi a gravação de ensaio “World in Coma” (1991). No ano seguinte surge a primeira demotape oficial, “Sicking in Pain”, com apenas duas músicas gravadas na Rádio Cultura de Belém. Em 1994, sai a segunda demotape, “Marching to the Unknow”. Com essas duas demos, o Retaliatory consegue ser conhecido em todo o estado do Pará. E também a participar das três edições do maior festival de Rock do Norte do país, o Rock 24 Horas. Mesmo mudando várias vezes de formação, o grupo se manteve na ativa, e em 2000 lançou o CD-R comemorativo pelos 10 anos de estrada, “Ancient Glorious Death”. Trabalho que impulsionou os paraenses a fazerem vários shows, tocando ao lado de bandas como Krisiun, Torture Squad, Funeratus, Distraught, Deadly Fate, Warpath, Unearthly, Violator, Obskure, entre outras. No final de 2004, após estabilizar seu line up com Gledson Moita (vocal), Hugo Bucho Fight (guitarra), Spetto Alfaia (guitarra), Luis Cara de Caveira(contrabaixo) e Wagner Nugoli (bateria), o grupo entra em estúdio para gravar seu álbum de estréia, “Retaliatory Attack”, lançado em março de 2006 pelo selo Kill Again Records. Com essa bagagem toda a banda encerra a programação do Bafafá no dia 13 de dezembro.


Stereoscope

Sabe aquela estrutura melódica das bandas dos anos 60? Já ouviste falar em Jovem Guarda? A banda paraense Stereoscope reflete exatamente essas duas premissas, mas vai além e viaja por outras décadas se deixando influenciar por outras sonoridades, o que resulta em um trabalho com apelo pop fortíssimo. O primeiro disco “Rádio 2000” lançado em 2003 pela então Na Records trazia os músicos Jack Nilson (guitarra e voz), Marcelo Nazareth (guitarra e voz), Ricardo Maradei (baixo e voz) e Ulysses Moreira (bateria) para o jogo do pop rock paraense que começava a ganhar visibilidade e conquistar fãs país afora. O Stereoscope também fez a sua pequena legião de seguidores. Faixas como “Eu Envelheço”, “Felicidade Azul” e “A Lira” ajudaram a conquistar, entre outros, Fernando Rosa, do site Senhor F, que se apaixonou pela sonoridade e os chamou para gravar o segundo trabalho. “O Grande Passeio do Stereoscope” foi lançado em 2006. No final de 2007, a banda ganhou novo baterista, Daniel Pinheiro. Este ano, a Stereoscope aguarda o lançamento de seu terceiro disco, também pelo selo Senhor F Discos.

Suzana Flag
A trajetória da banda castanhalense Suzana Flag começou em 2002, quando lançou de maneira totalmente independente o disco “Fanzine”. O nome representava bem o projeto caseiro, que foi repassado para os amigos, que começaram a espalhar o som da banda. A sonoridade desse primeiro registro cativou pela simplicidade e qualidade. A banda virou referência no circuito alternativo de Belém e foi peça fundamental para o que hoje se consolida como um cenário bastante diversificado e elogiado. Tendo praticamente todas as suas canções sido tocadas na Rádio Cultura, novas tiragens sendo providenciadas e a legião de fãs crescendo a cada show, sendo esse sucesso repercutido em vários prêmios como o do site carioca London Burning de Revelação (2004), participação em diversos festivais no país afora, como o pernambucano Abril Pro Rock (2005), além de estar inclusa no tributo ao cantor Odair José lançado em 2006 junto com nomes como Pato Fu, Paulo Miklos e Zeca Baleiro. O reconhecimento de crítica e público vem pavimentando o caminho da banda desde então, que se prepara para colocar o seu tão aguardado segundo disco no mercado no início do ano que vem. Premiado com o prêmio do selo Pará Musical, da Secretaria de Estado de Cultura, “Souvenir” chega com produção dos guitarristas Joel Melo e Nicolau Amador, mixado e masterizado no Rio de Janeiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

onde é o ponto de cultura?