sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Música no Tubo de Ensaio

Diversidade de estilos e tendências é a marca da festa promovida por Ana Flor, Eddie Pereira e Fernando Boy

Os DJs Eddie Pereira e Fernando Boy, do coletivo Black Soul Samba, estão aprontando mais uma festa cheia de ritmo em Belém. Os dois convidaram a fotógrafa e DJ estreante Ana Flor para inaugurar o projeto Tubo de Ensaio que acontece, a partir desta sexta-feira, toda semana no Le Marchand.

A proposta do projeto Tubo de Ensaio é reunir em uma única festa vários estilos musicais. A ideia surgiu de uma necessidade de Eddie e Boy, que são DJs há mais de 10 anos, diversificarem suas experiências musicais tocando estilos que não caberiam no perfil de seu coletivo de origem.

"O projeto Tubo de Ensaio é mais amplo, tanto que sempre iremos convidar algum DJ de um coletivo diferente pra discotecar", diz Boy.Nesta sexta, o convidado é Alex Pinheiro, velho conhecido dos tempos da boate La Cage, onde rolavam nos anos 80 e 90 os maiores hits do rock e na new wave.

A Dj estreante Ana Flor foi a primeira convidada da festa e já passou de convidada pra DJ Residente. "O Set da Flor passa pelo samba, reggae, música pernambucana, tem siwng e charme. O público gostou demais. Então percebemos que casava bastante com a nossa idéia. Eu toco Funk, Black e tudo mais ligado a isso, o Set do Boy é de Rock e música eletrônica. Assim tentamos alcançar todos os públicos", diz Eddie.

Resumindo, o projeto Tubo de Ensaio é uma mistura de ritmos,tendências e música de qualidade. “O lance é não deixar a pista esvaziar, nunca, e atender a um número grande de preferências com qualidade”, explica a estreante Ana Flor.


Serviço:
Projeto Tubo de Ensaio
Todas Sexta
Le Marchand, Brás de Aguiar entre Generalissimo e Quintino.
Iníco: 22h De 22h às 23h entrada Free pra todos
Ingressos: R$ 5

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pro Rock


Nova logo da Associação Pro Rock, produzida pelo diretor artista Jonh Bogea, publicitário e guitarrista da banda Rennegados

A Pro Rock está chegando nas redes sociais. Hoje a noite às 20h15 a Associação Comunitária Paraense de Rock transmite direto do Estúdio Apce Music um ensaio ao vivo com as bandas Rennegados, Norman Bates e Delinquentes. O ensaio será às 20h15 pelo twitcam da Pro Rock. Basta segui-la pelo www.twitter.com/ProRock_Para para acompanhar a transmissão na hora pelo link que será fornecido pelo twitter. O blog da Prock também está em construção. O endereço com a arte de John Bogea é www.prorockblog.blogspot.com.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Bodas de Ouro do Punk Rock Paraense


Salve o rock brasileiro, salve o rock paraense!

Fazer 10 anos de rock é tão difícil quanto manter um casamento pelo mesmo tempo. Fazer 15 anos de rock, então, é quase tão difícil quanto empreender profissionalmente uma banda em Belém do Pará. Fazer 25 anos de rock é tão difícil quanto se tornar uma lenda.

É por isso que o projeto Bodas de Ouro tem por objetivo marcar com pompa e circunstâncias (para bandas de rock) os aniversários de Delinqüentes (25 anos), Norman Bates (15) e Rennegados (10).

Somando tudo são 50 anos de bons serviços prestados à trajetória do lendário e “obscuro” rock paraense. E se prestam serviços ao rock prestam serviço também à música popular. Afinal, se a nova música popular paraense, moderna, de mente aberta a novos conceitos, de diversidades de ritmos, de fusões e estilos é assim, o é também porque antes dessa versão moderna existiu um rock duro que foi amolecendo com o tempo.

O punk rock clássico dos Delinqüentes mostrou sua influência recentemente na música popular com versões de Iva Rothe, Pio Lobato, Ana Clara Mattos e bandas como Turbo e Suzana Flag no tributo coordenado pelo produtor e radialista Beto Fares.

Ao longo de sua carreira os Delinqüentes foram do clássico punk rock ao crossover sob a influência do heavy metal e passaram ao experimentalismo com pitadas de regionalistas “Pequenos Delitos”. Isso na década de 1990, muito antes da (re)conversão da nova música popular paraense, que também foi influenciada pelo rock nos anos 70 (vide Sol do Meio Dia, de onde saíram grandes compositores como Rafael Lima e Walter Freitas).

O Pará lhe deve a devida atenção e deve empreender o registro e o resgate da obra dos Delinqüentes. Urgentemente, assim como o fez o bravo Beto Fares. Isso já se torna quase tão importante quanto a preservação de mestres da cultura popular. Ou será que nós vamos precisar manter também a pecha de cidade do “já teve” no rock.

Será que a tendência moderna de abrasileirar (por si só, muito saudável) tem que extinguir o rock “puro”?! Afinal abrasileirar quer dizer misturar estilos, tendências, gêneros e influencias que vem do mundo todo, que aqui chegaram através da colonização. Algo que também faz parte da nossa história e não se pode negar.

Com seu punk hard rock amolecido ora pelo funk, ora pelo ska, ora por acordes de bossa nova, a banda Norman Bates é, sem sombra de dúvidas, e a despeito deste que a analisa, uma das bandas mais inspiradas do rock paraense. Desse rock duro que amoleceu e quase tornou-se pop. Lu Guedes e sua versão funk de “Noé, desce da barca” que o diga. A Norman Bates dá e recebe influências das novas tendências e gerações. Algo comprovado seja sob os elogios da crítica especializada ou sobre a crítica ao mesmo tempo ácida e lírica de suas letras.

Mais que a Delinqüentes, a Norman Bates tem uma carreira de registros falhos. Apenas duas demos e um disco profissional, e um segundo disco até hoje incompleto. Reflexo da falta de condições de empreender profissionalmente na música paraense.

Esse texto mistura análises artísticas e econômicas para justificar pompa e circunstância ao ato de perseverar e reconhecer. Não ao estrelismo, não ao egocentrismo. E da mesma forma que misturar é bom, manter-se puro em princípios deve ser também.

É por isso que é preciso também circunstanciar o hardcore sem firulas de fusão dos Rennegados, uma banda que surgiu da tradição urbana de uma cidade historicamente na periferia da modernidade. Ser hardcore e preservar uma banda hardcore como o Rennegados, que além da música, tem acima de tudo uma atitude política e solidária. Um símbolo de resistência, além dos preconceitos.

Bem entendido isso, é fácil e admirável notar a participação de tantos parceiros para comemorar os 50 anos desta trilogia punk paraense em grande estilo. Gratos a todos que participam desta festa punk.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Se Rasgum e as bandas

Norman Bates em registro de Renato Reis no Se Rasgum de 2007, depois do show do Nashville Pussy

Alguns dos shows mais legais que realizei em Belém com o Norman Bates aconteceram nas duas primeiras edições do então Se Rasgum no Rock, nos anos de 2006 e 2007. Especialmente no ano em que tocamos no palco menor depois da banda Nashville Pussy, que eu não vi tocar mas que se tivesse visto talvez me amedrontasse. Certo era que a responsabilidade de tocar depois de uma banda de performance tão poderosa era muito grande. E acho que nos saimos muito bem.
Da mesma forma vi shows memoriais e bandas que ninguém mais traria a Belém a não ser o grupo então formado por Damaso, Marcel, Gustavo, Dudu e Renne, e todo mundo da produção. Disse isso ao vivo em uma entrevista na Radio Cultura FM quando Beto Fares, ele também um grande realizador da música paraense que sempre contou com o suporte da Funtelpa, transmitiu ao vivo o show da banda Sapatos Bicolores, trazida pelos caras do Se Rasgum.
Por essas e algumas outras, é preciso dizer que o Se Rasgum é hoje, juntamente com o Baiacool Jazz e o Arrastão do Pavulagem um dos maiores e melhores eventos musicais do calendário cultural de Belém. É uma grande oportunidade para bandas novas se apresentarem por lá. Portanto, aprendam a empreender, desenvolvam estratégias e se apliquem em utilizar os canais de promoção que vocês tem, ainda que tenham que se preocupar com outras ações também necessárias. Trabalho pouco é bobagem e preguiçoso não ganha a vida mesmo sendo talentoso.
Este post vai em homenagem a todos os realizadores, bandas e artistas que ajudaram a construir e promover este grande evento.
Transcrevo abaixo o post que gostaria de ter escrito mas que Angelo Cavalcante fez primeiro que eu no blog Veia Pop.



A Dançum Se Rasgum Produciones divulgou a lista com as 20 bandas que participarão das seletivas para o 5º Festival Se Rasgum.

As inscrições foram abertas no dia 27 de agosto e encerradas no dia 05 de setembro com mais de cem projetos, entre bandas e artistas solo, inscritos.

As seletivas acontecerão nos dias 24 e 25 de setembro, no Hotel Gold Mar. Em cada noite, 10 bandas terão 15 minutos para apresentar suas músicas. A ordem de apresentação ainda será definida em sorteio a ser realizado. O show de encerramento da primeira noite será do Circuito Floresta Sonora e o Mombojó será a banda de encerramento da noite seguinte.

O público já pode votar na banda de sua preferência em http://serasgum.com.br/

As classificadas são:

16 Bits http://16-bits.conexaovivo.com.br/
Arcadines http://arcadines.conexaovivo.com.br/
Bruno B.O http://bruno-b-o-aka-de-los-santos.conexaovivo.com.br/
Candirú Malino http://candirumalino.conexaovivo.com.br/
Cocota de Ortega http://www.youtube.com/user/jocacocota#p/a/u/2/kJYYvmIJ_T0
Destruidores de Tóquio http://www.myspace.com/destruidoresdetoquio
Dharma Burns http://dharma-burns.conexaovivo.com.br/
Felipe Cordeiro http://felipe-cordeiro.conexaovivo.com.br/
Igrejas Bar http://www.myspace.com/igrejasbar
La Orchestra Invisível http://www.myspace.com/laorchestrainvisivel
Malachai http://www.myspace.com/profetamalachai
Mobilha http://www.myspace.com/mobilha
Mostarda Na Lagarta http://palcomp3.com/mostardanalagarta/
Órion http://www.myspace.com/neworion
Projeto Secreto Macacos http://projeto-secreto-macacos.conexaovivo.com.br/
Paris Rock http://banda-paris-rock.conexaovivo.com.br/
RadioFone http://www.myspace.com/radiofone
Sambiose http://www.myspace.com/sambiose
Stereoscope http://www.myspace.com/stereoscopebelem
The Baudelaires http://www.myspace.com/baudelairesband

Posicionamento oficial da Dançum Se Rasgum sobre o episódio das seletivas. Texto retirado do informativo SE RASGUM NEWS # 11

Semana de correria, polêmica, novidades e coisas boas a caminho. Só esse mês ainda tem Ins’anos 90, Seletivas Se Rasgum com mais de 20 shows e, entre eles, o Mombojó chegando pela segunda vez em Belém e fazendo o lançamento do V Festival Se Rasgum.

Bem, vamos começar com um posicionamento oficial da Se Rasgum sobre o episódio das Seletivas 2010, que aborreceu muita gente que se sentiu injustiçada de sua banda não ter entrado. Tivemos problemas técnicos com algumas bandas que tentavam postar suas músicas no site, conforme pedia o edital.

Esse problema resultou em uma medida que, para a organização, foi a mais sensata possível, a de considerar outros links que as bandas inscritas postavam na ficha de inscrição, possibilitando que os jurados pudessem escutar todos os artistas inscritos. Claro que havia bandas que não colocaram nenhum link (nem You Tube, Myspace, Trama Virtual ou site próprio) e essa, por si só se anularam da pré-seleção. As outras, que conseguiram postar seus sites ou finalizar o perfil no Portal Conexão Vivo, foram todas ouvidas e analisadas pelos jurados, que deram notas de acordo com seus critérios de escolha, mas sempre relevando o estilo musical, e sim avaliando o potencial dos grupos em outros quesitos. E assim foram escolhidas as 20 bandas que participarão das seletivas.

No ano passado aconteceu a mesma coisa, só que as bandas que se inscreviam com seu perfil no Bel Rock e também mandavam links de seus outros espaços na internet. A função do jurado e das Seletivas é conhecer a banda, conhecer a música que está rolando em Belém.

O Festival Se Rasgum já abriu porta para muitas bandas pequenas que tiveram ótimas oportunidades nas quatro edições do evento. O festival se preocupa, entre outras coisas, em abastecer a cidade de informação e novidade no período em que acontece, além de fomentar a cena durante o ano inteiro colocando bandas iniciantes para tocar em suas festas, trazendo produtores, jornalistas, workshops e debates que interessam a todo mundo que um dia sonhou em viver de música. Nós também carregamos os mesmos sonhos e procuramos, a cada ano, aperfeiçoar nosso processo. E somos fãs de música pesada sim! Mas nem sempre podemos trazer a banda dos sonhos de cada um.

Papo político chato, né? É chato, mas é verdadeiro. Enfim, já escolheram seus candidatos? Tem horas que dá um certo medo de ver que temos mais quatro anos que serão comandados por gente que ainda temos muitas duvidas de sua índole e de sua administração. O jeito é confiar, escolher e esperar. Não tem jeito, sempre vamos pagar pra ver. Tomara que dessa vez a gente pague menos.

Mas a Se Rasgum promete que enquanto tiver quem acredite na gente, seremos muito gratos e parceiros do nosso público, buscando trazer as bandas que sonhamos ver por aqui e que não viria se não fossem uns produtores malucos que às vezes já contam com o prejuízo antes da banda desembarcar no aeroporto.

E esse editorial é dedicado a todos os coletivos e produtoras de Belém como This is Radio Trash, Meachuta, Pogobol, Quero Causar, Megafônica, Casarão Cultural, Coisa Pop e em especial ao Jayme Katarro, Elder Fernandes e Camilo Henrique. Essa galera faz a gente querer continuar e fazer o melhor.

Muita emoção hoje, né?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É hoje

entrecorpos


Ontem, por causa do excesso de trabalho e do curso de Leonardo Salazar, perdi o vernissage da coletiva de fotografia "Entrecorpos" da qual participa a amiga e parceira de trabalho Ana Flor, juntamente com Douglas Caleja, João Cirilo, Alexandre Dantas, Luciana Magno, Pamela Massoud, Dany Meireles, Eliane Moura, Luizan Pinheiro, Ilton Ribeiro, Joana Sena e Paulo Wagner. A exposição continua em cartaz na Galeria Teodoro Braga do Centur até o dia 1o de Outubro de 9h às 15h. Prestigie. Abaixo o texto de Luizan Pinheiro sobre a exposição.

entrecorpos. entre

Luizan Pinheiro

do inevitável. o corpo. entrecorpos. entreveros de corpos artísticos a depositarem no tempo e na história um lugar. composto orgânico de falas e silêncios abrigado na Galeria Theodoro Braga. inventividade coletiva a potencializar o corpo da galeria em estado de inanição dos investimentos públicos fundamentais. tra.vestidos na miséria da puta.política. explorada pelos que nada sabem do que a arte é possível. mas dada aos corpos outros. a galeria se afirma. veste-se com roupas novas para o desfile da arte. visibilidade do que o corpo instaura. da fragilidade ao insuportável. do desespero a pulsão sexual. do ambíguo ao indefinido. os micromundos estão ali a dar vida aos sentidos. aos sentimentos. as emoções. intimista sem timidez. tosca mas cínica. débil e dinâmica. os mundos de entrecorpos disparam para vários rumos. gramática visual atravessada pela política do corpo. política do corpo atravessada pela gramática visual. produção do máximo no mínimo dos encontros. a pintura. o desenho. fotografia. a vídeoinstalação. o verbo. as especulações metafísicas em nuanças sóbrias. o que do corpo dispara o póien numa sua deflagração qualquer. abertura para os territórios pessoais. íntimos. pornôs. eróticos. ótimos. tudo o que tem de livre nessa potência da revelação. da perversão. da ação. entrecorpos. entre.

Belém, setembro, 2010.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Leonardo Salazar ministra curso em Belém


Pernambucano produtor, jornalista e estudioso do showbusiness vem à cidade ensinar os músicos a empreender e aprimorar seus negócios


Desde o início deste século 21, quando o compartilhamento de arquivos digitais proporcionado pela Internet mudou drasticamente o modo de consumir música, artistas e produtores tem se debatido sobre um novo modelo de sustentabilidade. A grande indústria sofreu com as quedas de vendas e com a disseminação da pirataria, enquanto a música independente celebrou a nova janela para o mundo, uma oportunidade de tornar sua música conhecida além das fronteiras do jabá nas rádios e TVs comerciais.

A indústria das gravadoras encontrou na força que já tinha no mercado e nas novas tecnologias digitais as saídas para superar a crise. A música independente, no entanto, festejou durante um tempo, mas ainda demora para encontrar seu viés. Trilhando árduos caminhos nas políticas públicas, nas formações de redes solidárias e na liberação dos arquivos compartilhados, os rumos começam a se definir para o músico independente.

O desafio da sustentabilidade, porém, não é tão fácil quanto disponibilizar a música na internet. “O músico acha que basta colocar a música na internet e tudo o mais acontecerá. Isso é apenas o primeiro passo. Tem que empreender, realizar shows, fazer propaganda, assessoria de imprensa, colocar o disco para circular nas mãos dos produtores, participar de feiras, capacitações, cursos etc.”, explica Leonardo Salazar, autor do Livro Música Ltda. (SEBRAE, 2010).

Leonardo sabe do que está falando. Foi assessor de imprensa do Abril Pro Rock, pioneiro dos festivais que hoje compõem o circuito independente brasileiro, e virou produtor, tendo passado por mais de 200 eventos musicais, em 68 casas de shows e 35 festivais, em 34 cidades de cinco países e dois continentes. A experiência e as competências gerenciais adquiridas em uma especialização de administração lhe renderam uma rápida fama no circuito do empreendedorismo cultural brasileiro.

Até então não havia bibliografia organizada a respeito do assunto no Brasil. “Quando fui fazer meu trabalho, constatei que não existia bibliografia em português. Então decidi fazer o trabalho. Apresentei ao SEBRAE e consegui publicar o livro, revisando e atualizando o material da minha monografia, que vem acompanhado de um plano de negócios para uma banda”, conta.

Leonardo veio a Belém para uma palestra no final de agosto e estará de volta a cidade na próxima segunda-feira 13, para dar o curso Música Ltda. – O negocio da música para empreendedores, através do projeto Pará Pró Música. O primeiro módulo aborda questões como a cadeia produtiva da música, empreendedorismo, formalizar um negócio sustentável, fontes alternativas de financiamento etc. Depois do primeiro módulo, Salazar voltará a Belém um mês depois para o módulo avançado aonde fala de estratégias de mercado, posicionamento de carreira e outras questões cruciais para orientar o músico no mercado atual.

O curso tem vagas prioritárias para os integrantes do projeto Pará Pro Música, que foi criado e formado pelo Fórum Permanente de Música do Pará, pelo selo Na Music, pela Associação Pro Rock e o Movimento Bafafá do Pará, juntamente com o SEBRAE-PA. Mas outros grupos e outros músicos, individualmente e mediante pagamento de uma taxa, podem participar até o limite de vagas do curso que será ministrado de segunda a sexta-feira no horário das 18h às 22h.

O curso e o projeto são em conjunto ótimas oportunidades de fomentar uma transformação no negócio da música fora dos grandes centros industriais do país. Numa cidade de riqueza cultural vastíssima essa pode ser a diferença entre a cena que nunca aconteceu e um mercado a ser consolidar em ações práticas, geradoras de negócios e renda para músicos, técnicos e produtores da área.


Serviço:
Projeto Pará Pró Música
Curso Música Ltda. – O Negócio da Música para Empreendedores
De 13 a 17 de setembro no SEBRAE-PA
Horário: de 18h às 22h.
Inscrições: R$ 100,00 para não clientes do projeto e gratuito para clientes
Informações: (91) 3181-9031 / michell@pa.sebrae.com.br

Texto: Nicolau Amador

Joelma Klaudia grava DVD em Altamira

Show premiado pelo edital da Secretaria de Cultura acontece nos dias 10 e11 de setembro no município da Região do XinguFoto: Divulgação

Natural de Altamira, região do Xingu, Joelma Klaudia começou a cantar ainda criança, aos oito anos, enquanto acompanhava os ensaios da banda da Igreja. “Meu pai era o organizador da banda e os ensaios aconteciam na minha casa onde eu também tinha aulas de canto.”

A menina cresceu nesse ambiente religioso e musical, e, aos 22 anos, veio para Belém aprender a tocar violão. Acabou cantando na noite e se inserindo na vida cultural da cidade. “Cantava em todos os videokês que podia, e em 2003 conheci Guibson Landim, que me convidou para ser vocalista da banda ‘Os Nômades’ onde, de fato, pude subir no palco para mostrar a voz para um público maior, com nosso repertório voltado para o rock setentista.”

O próximo passo foi concorrer a prêmios e editais aonde seu talento foi reconhecido. Ao lançar o primeiro disco em abril de 2009, ela foi homenageada pela Câmara Municipal de Belém com a Plaqueta Waldemar Henrique, como destaque na música popular.

Com o espírito de quem tem a natureza na alma, Joelma lançará seu próximo álbum na sua terra natal. Motivações não faltam. Quer mostrar que a região do Xingu tem mais que belas paisagens. Para tanto ela, convidou grandes nomes da produção cultural paraense e artistas conterrâneos para compor a equipe deste show.

“No mundo”, o show, acontecerá nos próximos dias 10 e 11 de setembro, na orla do cais de Altamira, promovido pelo Prêmio SECULT de Música 2009 e Lei Semear. A produção geral é de Raquel Braga e a direção musical é de Mauricio Panzera e Guibson Landim, a direção cênica, maquiagem, figurino e cenário é de Alba Maria.

A dupla Gustavo e Samuel, que toca música sertaneja e tem grande popularidade naquela região, e o cantor Joney Lopes, que é altamirense, mas faz carreira solo, em Goiás, estarão se apresentando, abrindo o show de Joelma. O espetáculo terá ainda a participação de grupos de cultura popular.

Para quem não conhece Altamira é uma boa oportunidade de conhecer a região do Xingu. Caravanas estão se preparando para ir direto pro show a fim de apreciar esse grande espetáculo da música paraense. A gravação do DVD de Joelma Klaudia configura-se numa ação de inclusão e integração social, objetivando a valorização do artista local, como o objetivo de promover a auto-estima de um povo que esteve muito tempo isolado pelo difícil acesso geográfico.

Serviço:
Show “No Mundo” acontecerá nos próximos dias 10 e 11 de setembro, na orla do cais de Altamira.

Assessoria de Imprensa:
Contatos:

(91) 9125-9484 (93) 8128-9669

-----
Release: Nicolau Amador

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Suzana Flag promove de Souvenir

Suzana Flag na loja Ná Figueredo - Foto e edição Ana Flor

A banda Suzana Flag realiza nesta sexta-feira, 10 de setembro, um pocket show na loja Ná Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449) para promover o disco Souvenir, lançado no dia 2 durante a Feira do Livro. A apresentação será seguida de sessão de autógrafos e venda de CDs a preços promocionais. “Teremos CDs a venda pela metade do preço para que a gente tenha a oportunidade de estar próximo do nosso público, pois durante a feira não tivemos a oportunidade promover sessão e autógrafos, dada a correria do show”, explicou Joel Melo, guitarrista da banda.
O disco Souvenir sai de forma independente com apoio da Secretaria de Estado de Cultura, através do edital do selo Pará Musical, e contém 12 músicas gravadas em Belém e mixadas no Rio de Janeiro pelo produtor gaúcho Iuri Freiberguer. Produzido por Nicolau Amador e Joel Melo o disco causou muita expectativa nos fãs da banda que agora vão ter a oportunidade de tê-lo em mãos.
“O encarte está muito bonito. Um trabalho primoroso do pessoal da Libra Design que reflete exatamente o que a gente queria para o CD, uma coletânea de histórias cantadas sobre o nosso relacionamento como os nossos amigos e parceiros nesses anos todos que a gente ficou em Belém depois de sair de Castanhal”, conta a vocalista Susanne May.
Cheio de detalhes e surpresas pelo encarte e pelo disco, Souvenir tem requintes de produção nunca vistos em discos de pop rock produzidos no Pará. A faixa “Dual”, por exemplo, tem um arranjo de cordas belíssimo, feito pelo músico Ricardo Aquino, regente da Amazônia Jazz Band. “A gente tinha pouco dinheiro, mas queria muito gravar as cordas nessa faixa. E o Ricardo topou fazer. Ouviu nossas sugestões com muita atenção e chamou músicos jovens e talentosos para gravar conosco. Adoramos o resultado”, diz Nicolau, co-produtor do disco.
Os músicos que gravaram a faixa foram Marcus Guedes (1º violino), Ronaldo Sarmanho (2º Violino), Patrícia Moura (viola), Bruno Valente (1º cello) e Arthur Alves (2º cello). Na seção de vídeos do site da banda (www.suzanaflag.com.br) também produzido pela Libra Design e hospedado pelo portal Ecleteca, há o registro do momento em que o quinteto, regido por Ricardo Aquino, gravou a canção no APCE Estúdio em Belém.
O disco contou ainda com a colaboração de Bruno Aquino, contrabaixista que gravou a maior parte das 12 faixas do disco, e de Elder Effe, ex-integrante da banda que atualmente toca com a Ataque Fantasma. Elder gravou baixo em duas faixas. As fotos do encarte são de Ana Flor e os assistentes de produção foram Gláfira Lobo e Andrey Monteiro. O disco teve apoio ainda de Ná Figueredo e Multi AB Produções.
O pocket e sessão de autógrafos tem entrada franca e acontece nesta sexta-feira a partir das 17h no espaço cultural Na Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449). O evento tem apoio da Associação Comunitária Paraense de Rock – Pró Rock.

13 dual by nicobates

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Reflexões megafônicas

Deliquentes agita o Megafônica, em registro de Ricardo D'Almeida

Nem Johny Rockstar, nem Destruidores de Tóquio, nem Blacking Drawing Chalks. A banda de rock que roubou a cena no festival Megafônica, realizado no final do mês passado em Belém, foi a de hardcore Delinqüentes.

Certamente, nenhuma outra banda empolgou tanto quanto eles. Muitas bandas deixaram a desejar em shows mornos.

Até senti boas energias quando circulei pelos palcos enquanto Felipe Cordeiro e o Coletivo Floresta Sonora estavam tocando, mas não rolou a mesma energia empolgante. A banda de reggae do Amazonas Cabocrioulo me pareceu competente, além de ter um som muito simpático. Mas, mesmo que não gostasse de uma pancada na moleira, como diz Giovani Villacorta, não deixaria me empolgar com a performance de Jayme Katarro e Cia.

E certamente não divido essa opinião com poucas pessoas. Todos que estavam lá viram. Depois dos Delinqüentes, os Black Drawing Chalks poderiam se degolar em cima do palco e eles não conseguiriam superar a performance da banda paraense.

Performance ainda mais chocante pela presença de João e Daniel da banda Sincera, que subiram ao palco para tocar “Vagamundo”. Um diabo, um exu ou o Divino Espírito Santo baixou ali naquela hora. Depois disso, e depois do papo que rolara na tarde anterior, quando Leonardo Salazar e Pablo Capilé “confrontaram” idéias, só Jayme Katarro e Daniel exorcizando seus demônios para proporcionar algum alívio.

Sem dúvida a banda protagonizou o momento musical mais importante do festival. Destruidores de Tóquio e Jonhy Rockstar em dias diferentes não fizeram shows ruins, mas não apresentaram nada de novo.

Mas é preciso destacar que o festival foi bem organizado - pelo menos pelo que se podia ver da platéia. A performance de Andro e Raul Bentes apresentando no segundo dia foi muito boa.

É verdade que o primeiro dia demorou mais a engrenar. A luz dura na cara de quem tocou no palco de entrada do ex-Espaço Cultural Cidade Velha não ajudou. De qualquer forma, a organização foi acima da média da performance de muitas bandas.

OBS: O registro chega atrasado pelo volume de trabalho que se acumula, mas vale a pena.