quarta-feira, 9 de junho de 2010
Belém transpira
A Equatorial Lounge, transpira. Entre tantas outras coisas, música. Não precisa muito para confirmar essa afirmação, basta ver a programação cultural desta semana, que você pode acompanhar em outros blogs e sites muito mais atualizados do que o meu (Veia Pop, Rock Pará e Ecleteca são alguns deles).
Na segunda-feira passada, por voltas das 21h, um público de pelo menos 600 pessoas ocupava o auditório do Hangar Centro de Convenções da Amazônia esperando para ver a performance da Amazônia Jazz Band no 23º Festival Internacional de Música do Pará.
O músico Anderson Barros, 31, integrante da banda municipal de São João de Pirabas, é uma das pessoas na plateia ansiosas pelo espetáculo. Ele rodou 250 quilômetros em um microonibus junto com mais 17 músicos não para se apresentar, mas para ver as atrações do festival, principalmente a Amazônia Jazz Band. Chegaram por volta das 15h em Belém e foram para as apresentações no conservatório Carlos Gomes.
A noite, foram ao Hangar para uma experiência que certamente enriqueceu sua atuação como músico. “Nosso regente, sempre fala muito da Amazônia Jazz Band e queria muito que nós víssemos e ouvíssemos a banda tocando ao vivo”, disse o tecladista, que ao final da apresentação não se decepcionou: “Valeu, demais!”.
No dia seguinte, depois de acompanhar o Duo Siqueira Lima, com um publico consideravelmente menor que a Amazônia Jazz Band, descemos eu e o baterista do Suzana Flag (esta com site novo no ar), Ricardo Ramones. Demos de cara com outro evento, que também acontecia no Hangar. Animando a festa estava a cantora e tecladista Iva Rothe, o guitarrista Pio Lobato, o baterista Vovô e mais um baixista que não conheço, acompanhando Mestre Vieira à guitarra.
No meio do salão, enquanto filávamos salgadinhos e champanhe da festa alheia, alguém me reconheceu. Era Eduardo de Deus, baterista da banda Caldo de Piaba, do Acre, que chegara um dia antes a cidade para se apresentar no Conexão Vivo. De Deus não pensou duas vezes quando ligou para Pio Lobato e este disse que ia tocar com Vieira naquela noite, e foi acompanhar os músicos. “A gig deles é ótima”, disse-me ele.
De São João de Pirabas, do Acre ou de Porto Alegre, de onde vem o jornalista Fabio Gomes, editor do Som do Norte, para ministrar uma palestra no Conexão Vivo, as mais variadas pessoas vêem conferir em Belém a música que aqui é feita, in loco. Esse são apenas alguns exemplos que reafirmam o que venho dizendo desde o primeiro post deste blog e que foi reafirmado na semana retrasada, quando participei do Seminário Itinerante de Economia da Cultura, promovido pela Associação Brasileira de Gestão Cultural, de que o Pará e a Amazônia, de modo geral, tem um potencial econômico enorme em sua cultura, talvez só comparado ao seu potencial mineral e natural.
Trabalhando nessas duas frentes, seu potencial de crescimento é incomensurável, como a sua própria grandeza.
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