quarta-feira, 15 de setembro de 2010
entrecorpos
Ontem, por causa do excesso de trabalho e do curso de Leonardo Salazar, perdi o vernissage da coletiva de fotografia "Entrecorpos" da qual participa a amiga e parceira de trabalho Ana Flor, juntamente com Douglas Caleja, João Cirilo, Alexandre Dantas, Luciana Magno, Pamela Massoud, Dany Meireles, Eliane Moura, Luizan Pinheiro, Ilton Ribeiro, Joana Sena e Paulo Wagner. A exposição continua em cartaz na Galeria Teodoro Braga do Centur até o dia 1o de Outubro de 9h às 15h. Prestigie. Abaixo o texto de Luizan Pinheiro sobre a exposição.
entrecorpos. entre
Luizan Pinheiro
do inevitável. o corpo. entrecorpos. entreveros de corpos artísticos a depositarem no tempo e na história um lugar. composto orgânico de falas e silêncios abrigado na Galeria Theodoro Braga. inventividade coletiva a potencializar o corpo da galeria em estado de inanição dos investimentos públicos fundamentais. tra.vestidos na miséria da puta.política. explorada pelos que nada sabem do que a arte é possível. mas dada aos corpos outros. a galeria se afirma. veste-se com roupas novas para o desfile da arte. visibilidade do que o corpo instaura. da fragilidade ao insuportável. do desespero a pulsão sexual. do ambíguo ao indefinido. os micromundos estão ali a dar vida aos sentidos. aos sentimentos. as emoções. intimista sem timidez. tosca mas cínica. débil e dinâmica. os mundos de entrecorpos disparam para vários rumos. gramática visual atravessada pela política do corpo. política do corpo atravessada pela gramática visual. produção do máximo no mínimo dos encontros. a pintura. o desenho. fotografia. a vídeoinstalação. o verbo. as especulações metafísicas em nuanças sóbrias. o que do corpo dispara o póien numa sua deflagração qualquer. abertura para os territórios pessoais. íntimos. pornôs. eróticos. ótimos. tudo o que tem de livre nessa potência da revelação. da perversão. da ação. entrecorpos. entre.
Belém, setembro, 2010.
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