terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pedreira

Imagine um trocadilho infame. Algo como "a primeira pedra que sai do seu rim você nunca esquece". Não é possível fazê-lo porque toda vez que um cálculo renal descer pelo seu ureter (é assim que chama o canal que leva a urina dos seus rins para a sua bexiga)será uma experiência inesquecivelmente dolorosa. Foi assim comigo na primeira vez (a primeira vez é sempre mais dolorida). A segunda achou de sair do indigitado órgão durante minha primeira visita a Itaituba (região do Tapajós, oeste paraense). Uma maratona de taxi até um hospital que aceitasse o cartão da Unimed (que em Belém já parece um pronto-socorro municipal) e tivesse um médico para me atender e essa foi a pior das experiências com pedras na minha vida. E eu pensando que iria encontrar pepitas de ouro. Queria trazer notícias melhores, mas "a coisa" não me deixou escolha. Garimpeiros, madeireiros, mulheres bonitas, fábrica de cimento na Transamazônica e até o surubim delicioso que jantei na primeira noite, logo antes da crise, ficaram ofuscados pela dor e pela imagem do vaso vermelho amarelado, quando a dita cuja saiu. Na correria para pegar o primero avião que me tirasse de lá, esqueci até o cabo da câmera fotográfica, o que me impede de mostrar agora a paisagem bonita que é o rio Tapajós ao final do dia. O médico, um senhor experiente, e as enfermeiras que cuidaram de mim no quinto hospital em que fui parar fizeram o possível com os poucos recursos. Eu me recupero. Deve ser o inferno astral chegando. Por recomendações médicas, o ritmo de trabalho diminui. Por enquanto. Ah, não se esqueçam de beber muita água e comer pouco sal.

5 comentários:

Anônimo disse...

Isso foi baseado em fatos reais? O.o

Nicolau Amador disse...

a mais dura (ui!) realidade, Hugo.
abs.

Nicolau Amador disse...

a mais dura (ui!) realidade, Hugo.
abs.

Anônimo disse...

eheheh (desculpa, não resisti)

Anônimo disse...

Nicolar, teu inferno astral começa só dia 02 (aind abem quie o meu tá acabando), muita calma rs! saúde pra ti. bjs Fabíola