Fernanda Takai ajuda a redescobrir um novo Brazil
A repórter Gil Sóter escreveu uma excelente reportagem para a revista Living em que mostra o hype em torno da música popular cabocla paraense. Digo música popular cabocla e esse nome me soa estranho e nem deve soar bonito aos ouviso dos jovens cantores, musicistas e compositores da nova MPB. Mas é o nome que achei pois não se trata da música pura de raiz. Pinduca, por exemplo, é contraposto a Verequete, por ser um viosionário moderno. E isso tem um pouco a ver com sua cabloquice, se é que se pode dizer.
O deslumbramento do caboclo com as maravilhas da modernidade lhe atraem e ele apreende as novas linguagens incorporando ao seu som. A matéria é valorizada pelas palavras do crítico Pedro Alexandre Sanches e muito bem pontuada com as falas do guitarrista Pio Lobato, o padrinho da MPC, por assim dizer.
Gabriel Thomaz, da banda Autoramas, cujo pai mora em Macapá e tem muitos chegados em Belém, descobriu a guitarrada um pouco antes e até lançou uma música com esse nome no último disco de estúdio da banda, Teletransporte.
Vale ressaltar, porém, que artistas como Chico César, Lenine e Zeca Baleiro, um pouco mais velhos que essa nova geração e um pouco mais caboclos também, antes, fizeram referência em seus trabalhos à música paraense.
Dos paraenses modernos, Marco André foi sem dúvida o cara que mais valorizou a "pegada" cabocla ao dar uma guinada em sua carreira retornando às raízes paraenses. Assim como Pinduca, foi acusado de oportunista e de outras cositas más, mas seu trabalho artístico/fonográfico, embalado pela produção de outros brasileiros modernos e com a colaboração do excelente guitarrista Júnior Tolstoi, perdura como um dos melhores trabalhos contemporâneos a mesclar as influencias brasisleiras e gringas com o ritmos da Amazônia.
Poucos paraenses atentaram para esse potencial, associando a capacidade de vender o trabalho de forma eficiente.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
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